quarta-feira, dezembro 31, 2008

O Poder divorciado do Saber!

"Crónicas" da verdade.

quinta-feira, novembro 27, 2008

(01) Jornal Noticias - 23/Novembro/2008



Os do BPN...Jornal Noticias - 23/Novembro/2008

quarta-feira, novembro 05, 2008

O primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos.


Barack Obama é eleito presidente dos Estados Unidos. Os Estados Unidos da América viveram esta terça-feira 04-11-2008 um dia histórico, com a eleição de Barack Obama para a presidência.


President-Elect Barack Obama in Chicago

"Esta noite, devido ao que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento decisivo, a mudança chegou à América". "Se alguém aí fora ainda duvida que a América é um local onde tudo é possível; que se questiona se o sonho dos nossos fundadores se mantém vivo nos nosso tempo; que ainda questiona o poder da democracia, esta noite é a vossa resposta", acrescentou.

Obama, eleito o 44.º Presidente dos Estados Unidos.

segunda-feira, outubro 06, 2008

03-10-2008, Morreu o escritor Dinis Machado

Dinis Machado, escritor, jornalista desportivo, crítico de cinema e ainda autor de banda desenhada, faleceu, esta sexta-feira em Lisboa, aos 78 anos.

O maior êxito do escritor, nascido a 21 de Março de 1930, em Lisboa, foi o romance "O Que Diz Molero", editado em 1977 e reeditado em 2007, no dia do seu 77.º aniversário, e já adaptado ao teatro.

Sob o pseudónimo Dennis McShade, Dinis Machado escreveu alguns policiais, que estão agora a ser reeditados pela Assírio & Alvim.


Ver Bibliografia

Ele é autor de um livro extraordinário, um livro feliz que se chama "O que diz Molero".
Adaptado, "O que diz Molero" para o teatro em 1994, com encenação de António Feio, cenografia de António Jorge Gonçalves, e interpretação de António Feio e José Pedro Gomes.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Martinho da Vila - Mulheres

quinta-feira, setembro 04, 2008

Theo Jansen

quarta-feira, setembro 03, 2008

Controlo financeiro mundial

Carroll Quigley - o controlo financeiro mundial em mãos privadas.

No seu livro de 1966 «Tragédia e Esperança» (Tragedy and Hope), Carroll Quigley, professor na Universidade de Georgetown e mentor do Presidente Clinton, escreveu:

«Os poderes do capitalismo financeiro têm um plano de longo alcance, nada menos do que criar um sistema de controlo financeiro mundial em mãos privadas capazes de dominar os sistemas políticos de cada país e a economia mundial como um todo.»

«Este sistema deve ser controlado de uma forma feudal pelos bancos centrais do mundo agindo em conjunto, por acordos secretos conseguidos em reuniões e conferências frequentes.»

«O cume do sistema é o Banco Internacional de Pagamentos (Bank for International Settlements - BIS) em Basileia, Suíça, um banco privado controlado pelos bancos centrais do mundo que são, eles mesmos, corporações privadas.»

«Cada banco central... procura dominar o seu governo pela sua capacidade em controlar títulos do tesouro, manipular o câmbio externo, influenciar o nível de actividade económica no país, e influenciar políticos cooperantes por intermédio de recompensas económicas no mundo dos negócios.»

ler mais

Aplausos...

Comentario de um anonimo no blogue "Um Homem das Cidades"

Bem sabemos que por cada tostão roubado a uma caixa Multibanco corresponde um milhão roubado pela banca. Os roubos de proporções colossais perpetrados pelos bancos contra as famílias não tem obviamente nenhuma comparação com os centavos subtraídos a uma caixa multibanco. Está na hora de os cidadãos compreenderem como funciona de facto a BANCA, o maior parasita do planeta.

ler mais

prestação da casa

Juros da prestação da casa atingem máximo histórico. Desde 1999 que a Euribor não estava tão alta. BCE continua a dizer que a principal preocupação é controlar a inflação.
ler mais

sábado, agosto 09, 2008

widget da sic

O Widget SIC é uma mini-aplicação que acede à internet permitindo ao utilizador o acesso rápido a conteúdos online - Notícias, vídeos, grelha TV - sem ser necessário aceder ao site da SIC.

O Widget SIC é portável e dinâmico. Instala no teu computador, coloca-o no teu blogue ou adiciona-o ao teu perfil em redes sociais.

Para instalar o Widget SIC, basta acederes ao site http://sic.aeiou.pt/online/widget e seguir as indicações... Simples... num só clique e terás as notícias frescas da SIC sempre por perto...

quarta-feira, julho 23, 2008


quarta-feira, julho 16, 2008

Portugal, 16 de Julho de 2008

James - Getting Away With It



As Farpas de Eça de Queirós(1871)

Aproxima-te um pouco de nós,e vê. O país perdeu a inteligência e a consciência moral.Os costumes estão dissolvidos,as consciências em debandada,os carácteres corrompidos.A práctica da vida tem por única direcção a conveniência.Não há príncipio que não seja desmentido.Não há instituição que não seja escarnecida.Ninguém se respeita.Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.Alguns agiotas felizes exploram.A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.O povo está na miséria.Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.O desprezo pelas ideias em cada dia.Vivemos todos ao acaso.Perfeita,absoluta indiferença de cima abaixo!Toda a vida espiritual,intelectual,parada.O tédio invadiu todas as almas.A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretárias para as mesas dos cafés.A ruína económica cresce,cresce,cresce.As quebras sucedem-se.O pequeno comércio definha.A indústria enfraquece.A sorte dos operários é lamentável.O salário diminui.A renda também diminui.O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o aluguer.A agitagem explora o lucro.A ignorância pesa sobre o povo como uma fatalidade.O número das escolas só por si é dramático.O professor é um empregado de eleições.A população dos campos,vivendo em casebres ignóbeis,sustentando-se de sardinhas e de vinho,trabalhando para o imposto por meio de uma agricultura decadente,puxa uma vida miserável,sacudida pela penhora;a população ignorante,entorpecida,de toda a vitalidade humana conserva únicamente um egoísmo feroz e uma devoção automática. No entanto a intriga política alastra-se.O país vive numa sonolência enfastiada.Apenas a devoção insciente perturba o silêncio da opinião com padre-nossos maquinais. Não é uma existência,é uma expiação. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte:o país está perdido!Ninguém se ilude.Diz-se nos conselhos de ministros e nas estalagens.E que se faz?Atesta-se,conversando e jogando o voltarete que de norte a sul,no Estado,na economia,no moral,o país está desorganizado-e pede-se conhaque! Assim todas as consciências certificam a podridão;mas todos os temperamentos se dão bem na podridão!

domingo, julho 13, 2008

MAQUINA "CARVER ONE"

Um veiculo que mistura moto e carro, atinge os 185km/h e um consumo modesto de 6lts/100km.



Carver - ver filmes aqui
Carver - as fotos aqui
Carver - Portugal aqui
Carver - engenharia aqui

quinta-feira, junho 19, 2008

Células solares começam a ser produzidas por impressão jato de tinta


A empresa emergente Konarka anunciou ter conseguido viabilizar a primeira produção comercial de células solares orgânicas por meio de impressão por jato de tinta.

link aqui

quarta-feira, junho 18, 2008

A criança que calou o Mundo por 5 minutos

terça-feira, junho 03, 2008

26-05-2008 Segunda Feira negra para o cinema...

Morreu Sydney Pollack

O agente de Sydney Pollack, Leslee Dart, disse que o realizador morreu na tarde de segunda-feira na sua residência em Pacific Palisades, rodeado pela família.

segunda-feira, abril 28, 2008

EnergyBox - maancari

25 Abril

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

In Movimento Perpétuo, 1956

link: http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/pedra_filo.html

25 Abril (03)

A RESTAURAÇÃO DA DEMOCRACIA

Bem-vindo à página da Associação 25 de Abril (A25A), onde procuramos praticar, aprofundar e desenvolver os valores que em Abril de 74 levaram o MFA a tudo arriscar, para libertar o seu povo de todos os jugos.
Em 25 de Abril de 1974 o Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou o regime de ditadura que durante 48 anos oprimiu o Povo Português. Nessa madrugada do dia inicial, inteiro e limpo (como poetizou Sophia de Mello Breyner) os militares de Abril foram claros nas suas promessas: terminara a repressão, regressara a Liberdade, vinha aí o fim da guerra e do colonialismo, vinha aí a democracia.
Com tudo isso, a Revolução dos Cravos pôs fim ao isolacionismo a que Portugal estava condenado há já vários anos e ajudou ao nascimento de novos países independentes. Constituindo-se o movimento pioneiro de enormes transformações democráticas em todo o mundo e demonstrando que as Forças Armadas não estão condenadas a ser um instrumento de opressão, podendo, pelo contrário, ser um elemento libertador dos povos.
Democratizar, Descolonizar e Desenvolver foi o lema que então fez regressar Portugal ao fórum das nações livres e amantes da paz.
Ao cumprir todas as suas promessas, os capitães de Abril transformaram o seu acto libertador numa acção única na História da Humanidade. Disso se orgulham, nisso se revêem. Porque se não pode apagar a memória, porque importa ter presente a razão de ser do 25 de Abril, a A25A, assumindo-se como herdeira dos que tudo arriscaram para a libertação dos seus concidadãos, convida-o a conhecer a História desses acontecimentos.
O Presidente da Direcção
Vasco Lourenço


link: http://www.25abril.org/

25 Abril (02)

O golpe de estado militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante a revolta das forças armadas. Este levantamento é conhecido por Dia D, 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos

25 Abril (01)


Resumo do dia 25 de Abril de 74
Otelo Saraiva de Carvalho por volta das 22 horas do dia 24/4/1974 fardado com blusão de cabedal chega ao Regimento de Engenharia Nº1, na Pontinha. É ali que o major acompanhado de outros oficiais: Os tenentes-coronéis Garcia dos Santos e Lopes Pires, o comandante Victor Crespo, os majores Sanches Osório e José Maria Azevedo, o capitão Luís de Macedo… Ali instalam o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas por alguns cobertores, sobre a mesa uns papéis manuscritos e um mapa de estradas do Automóvel Clube de Portugal edição de 1973 que fazia de carta operacional com os esboços das movimentações, sendo a base do “plano geral das operações” que se dividia em duas zonas; Zona Norte que começava no eixo a sul do Porto e Lamego para norte. Zona Sul desse eixo para sul, dividido em quatro sectores; Sector Norte, até a sul de Coimbra, Sector Centro até norte de Santarém, Sector Sul daí para sul, Sector Lisboa que também incluía Santarém. Dali do Posto de Comando com o nome de código «Óscar» dão o conhecimento da situação e as instruções às unidades militares de todo o país envolvidas nas operações. O primeiro sinal como combinado seria dado pelo então posto “Emissores Associados de Lisboa” às 22:55. João Paulo Dinis era lá locutor e fizera a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, daí a escolha de Otelo. E cabe a Dinis às 22:55 dar voz e escolher a canção « E Depois do Adeus », de Paulo de Carvalho, canção vencedora desse ano do Festival da Canção RTP e que iria a alguns dias representar Portugal no Festival da Eurovisão. A segunda senha é dada na “Rádio Renascença”. Otelo fazia ponto de honra que fosse uma canção do Zeca Afonso e estava indeciso entre «Venham Mais Cinco» e «Trás Outro Amigo Também» eram as suas preferidas mas logo os seus camaradas fizeram notar que seriam canções muito obvias e que iriam suscitar desconfiança. Foi assim que o jornalista Carlos Albino sugeriu «Grândola Vila Morena» e é esta que acaba por ir para o ar no programa «Limite» de Paulo Coelho e Leite de Vasconcelos que antes de pôr o disco recita a primeira quadra de «Grândola Vila Morena». São 0:20 e grande parte das forças envolvidas põe-se em movimento. O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro nevrálgico das “Forças do Regime”. O edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores 5 com o código «Canadá». A mesma unidade também se encarrega de proteger a residência do general António de Spínola, o general Francisco Costa Gomes não foi alvo de protecção porque não dormiu em casa. Importante é também o aeroporto da Portela, operação com o código «Nova Iorque» que fica encarregue à Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra que às portas de Lisboa a coluna militar perde-se nas ruas e becos escuros de Camarate. Junto ao aeroporto o capitão Costa Martins esperava a coluna da EPI e desesperava e decide neutralizar sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto e entrou mesmo na torre de controle fazendo «bluff» durante mais duma hora dizendo que o aeroporto estava cercado e para se interditar o espaço aéreo português imediatamente. A EPI chegada toma de imediato conta do aeroporto e ainda neutraliza o Regimento de Artilharia Ligeira 1 em Lisboa junto ao aeroporto. A Escola Prática de Transmissões fazia as escutas telefónicas militares das forças do regime que depois transmitia ao Posto de Comando. O Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz vem a Lisboa com a missão de controlar a Ponte Sobre o Tejo, tomando posições do lado sul do Tejo (Pragal). Enquanto nas colinas adjacentes à ponte de ambos os lados a Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas toma posições apontando baterias junto ao Cristo Rei, para o Terreiro do Paço e Monsanto. A mesma unidade depois vai lá baixo à Trafaria libertar os militares que tentaram a 16 de Março o “golpe das Caldas da Rainha” e que se encontravam presos na Casa de Reclusão da Trafaria. Os órgãos de comunicação social também eram de crucial importância controla-los. Para isso coube à RTP (única emissora televisiva da época) ser tomada pela então, Escola Prática de Administração Militar, (operação; código Mónaco) já que se situava na mesma rua, (Alameda das Linhas de Torres em Lisboa). A antiga Emissora Nacional, actual RDP na rua do Quelhas foi tomada com meios limitados pelos capitães Oliveira Pimentel e Frederico de Morais mais 40 praças de especialidades diversas do Campo de Tiro da Serra da Carregueira. Na rua Sampaio Pina à porta do Rádio Clube Português estão estacionados homens do BC5 dali perto (Campolide) chefiados pelo capitão Santos Coelho e pelo Major Costa Neves da Força Aérea o qual no momento da tomada do RCP é questionado pelo porteiro; se não podiam aparecer após as 9 horas da manhã, que sempre já lá estaria mais gente para os receber!!! Costa Neves e seus camaradas forçam a entrada e é esse o posto escolhido para emissor do MFA. Como previram que as forças do regime pudessem cortar as ligações às antenas do RCP do Porto Alto, tal como vieram a tentar, então a guarda das antenas ficaram a cargo da Escola Prática de Engenharia, de Tancos que também controlou a ponte de Vila Franca de Xira e a casa da moeda em Lisboa. Então através do RCP o MFA apresenta-se ao país pela 1ª vez às 4:26 (estava previsto ser às 4 horas mas o engano de percurso da EPI em Camarate atrasou o comunicado) a voz é do jornalista Joaquim Furtado: «Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas...». A programação é alterada e passa o hino nacional, marchas militares e canções de protesto e de contestação. Sucedem-se os comunicados escritos por Victor Alves e Lopes Pires no quartel da Pontinha, que eram lidos aos microfones do RCP. Mediante esta situação os ouvintes ficam a par do desenrolar dos acontecimentos. Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia e seus homens da Escola Prática de Cavalaria, vindos de Santarém ficam-lhes encarregues várias acções desde de “despiste” ou seja; chamar a atenção das forças fiéis ao regime através dum itinerário ostentatório no sentido de dispersar as capacidades inimigas. E ainda de controlar o Banco de Portugal, a Rádio Marconi e o Terreiro do Paço. Ali, o ministro do Exército, general Andrade e Silva perante a situação manda abrir à picareta um buraco na parede do gabinete por onde foge mais os ministros da Marinha, da Defesa e do Interior acompanhados de militares de altas patentes. Antes do golpe a Marinha e a Força Aérea haviam sido contactadas para aderirem mas garantiram a neutralidade. Mas o capitão-de-fragata Seixas Louçã que comandava a fragata «Almirante Gago Coutinho» integrada na NATO e com grande poder de fogo, resolve, ameaçar disparar sobre o Terreiro do Paço. Ao que é posta ao corrente das baterias de artilharia, já prontas a disparar, posicionadas nas colinas junto ao Cristo Rei. A tripulação ao saber rebela-se e ao fim da manhã a fragata retira-se e vai fundear-se no Alfeite. Momento importante, quando a coluna EPC é interceptada na Avenida Ribeira das Naus por tropas fieis ao regime comandadas pelos brigadeiro Junqueira dos Reis e o tenente-coronel Ferrand d’Almeida, com tanques Patton M47. É o próprio Salgueiro Maia que vai tentar dialogar, saindo a pé e de lenço branco na mão hasteado e uma granada escondida na outra, ao que o brigadeiro dá ordens para disparar sobre o capitão mas que ninguém obedece! E depois mesmo alguns tanques de Cavalaria 7 passam-se para o lado de Salgueiro Maia. Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando o Major Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento ao presidente do Conselho (função que equivale actualmente à de primeiro-ministro), Marcello Caetano dos acontecimentos que este ainda desconhecia. Referindo que a situação era grave e dando instruções para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da GNR no Largo do Carmo porque era um dos sítios que não se encontrava sitiado e que passava mais despercebido. Mas que veio a revelar-se uma grande armadilha! Primeiro porque soube-se da sua entrada no Quartel do Carmo às 6 horas, ao que o major Otelo deu ordens para Salgueiro Maia se dirigir para o Largo do Carmo e sitiar completamente o quartel para que não houvesse fugas pelas traseiras. Na ida da coluna de Salgueiro Maia para o Largo do Carmo, uma companhia do RI 1 comandada pelo capitão Fernandes tenta bloquear a passagem mas após curto diálogo, passam-se para o lado dos revoltosos. Embora em telefonemas mais tarde tentassem convencer Otelo que Caetano não se encontrava lá mas Otelo sabia que era para as forças do regime ganharem tempo. E segundo porque quando as individualidades mais importantes ligadas ao regime foram socorridas pelo ar, por um helicópetero como no caso do Regimento de Lanceiros 2, esse mesmo helicópetero tentou ajudar a fuga de Marcello Caetano, só que não havia sítio para o helicópetero aterrar e por isso Marcello Caetano receoso permaneceu encurralado no Quartel do Carmo com blindados apontados e ouvindo uma multidão crescente que tinha acordado dum sono profundo ou que tinha aprendido ou descoberto nesse dia que existiam outras coisas como democracia e liberdade… E gritavam: Por vingança e palavras de ordem contra a ditadura e guerra colonial e outras coisas. Salgueiro Maia depois terá mesmo pedido calma ao povo de megafone em punho. Mesmo que o regime não caísse as coisas já não seriam mais como antes, o povo nesse dia tinha ouvido coisas novas e ficou a saber em que tipo de regime e que tipo de politicos governavam o país por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças Armadas! O tempo passava a GNR não reagia numa tentativa de ganhar tempo. Maia dá um ultimato à GNR mas nada! No Posto de Comando desesperavam e Otelo envia um bilhete escrito a Maia: «Com metralhadoras rebenta com as fechaduras do portão, que é para saberem que é a sério!» Ás 15:10 são dados 10 minutos. (Temia-se que um helicópetero afecto às Forças do Regime podesse largar uma bomba sobre as forças revoltosas no Largo do Carmo). Após o prazo esgotado, às 15:25 as metralhadoras duma viatura chaimite disparam contra a frontaria do quartel. Como não houvera reacção da parte do quartel, passado algum tempo um blindado toma posição de canhão apontado e é nesse momento que surgem dois civis: Pedro Feytor Pinto e Nuno Távora, quadros da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, medianeiros entre Spínola e Caetano, este último melindrado com a situação dizia: «Não quero que o poder cai na rua». Feytor Pinto telefona a Otelo que em nome do MFA, mandata o general Spínola para receber a rendição de Caetano. Às 18 horas, chega Spínola de automóvel com farda Nº 1. Caetano submete-se e entrega a Spínola o poder e pede protecção. Spínola transmite a Caetano a intenção do MFA de o enviar para o Funchal. (Iria partir para o Funchal no dia seguinte pelas 7horas, a ele juntaram-lhe também entre outros o Presidente da Republica Almirante Américo Tomás que durante a longa noite da revolução não deu sinal de vida, como se não fosse nada com ele, passou o dia na sua casa no Restelo, saindo sobre escolta para o aeroporto). E assim às 19:30 sai do quartel o chaimite «Bula», no interior vão Marcello Caetano e António Spínola em direcção à Pontinha, por entre uma multidão eufórica que celebra a “Liberdade” com cravos vermelhos. Às 19:50 é emitido o comunicado: «O Posto de Comando do MFA informa que se concretizou a queda do Governo, tendo Sua Excelência o Professor Marcello Caetano apresentado a sua rendição incondicional a sua Excelência o General António de Spínola». Logo após as 20 horas é lida no RCP a «Proclamação do Movimento das Forças Armadas». E à 1:30 já do dia 26/4/74 aparecem na televisão as novas caras do poder: A Junta de Salvação Nacional, como presidente, António de Spínola, em que lê uma proclamação ao país: …Um novo regime… A democracia, a paz. Francisco SilvaFontes: Artigos do Jornal "Expresso", Instituto Camões, Centro de Documentação 25 de Abril, Alvorada em Abril, Pulsar da Revolução.

segunda-feira, abril 07, 2008

Zorba the Greek - Zorbas Dance

If I were a rich man

quinta-feira, janeiro 31, 2008

rpm - Alvorada Voraz

quarta-feira, janeiro 30, 2008

the strokes - Last Night

domingo, janeiro 20, 2008

the rolling stones - Paint it Black