sexta-feira, abril 01, 2005

rio leça (2)

A Vegetação

Carvalhais
Devido ao facto de se tratar de uma zona densamente ruralizada, são notórias as transformações na vegetação inicial, sendo vários os factores que concorrem para esta transformação, Em primeiro lugar, a maior parte dos solos foram adoptados para práticas agrícolas. Em segundo lugar, grande parte da área não cultivável foi revestida por monoculturas florestais, como por exemplo, o eucalipto. No entanto, pequenas áreas conservam ainda a vegetação primitiva: os carvalhais.
Os carvalhais melhor conservados encontram-se na freguesia de Monte Córdova. Aí, junto ao rio Leça, encontram-se carvalhais de transição para amieirais, caracterizados pela abundância de fetos, situação diferente dos carvalhais termófilos, das zonas mais soalheiras. Estes últimos encontram-se em abundância na freguesia de Guimarei.

Matos
Os matos são comunidades de transição que fazem parte da sucessão ecológica que se verifica após, por exemplo, o corte de uma mata ou um fogo florestal. O tipo de mato mais abundante na zona do rio Leça é Ulici europaei-Ericetum cinareae, caracterizado pela presença do Tojo Arnal Ulex europaeus subsp. Tojo-arnal, da Torga Erica cinerea e Erica umbellata, e do Tojo molar Ulex minor.

Nas zonas xistosos de solos pouco profundos, surge uma comunidade que se diferencia da anterior pela maior dinâmica de Torga Erica umbellata e pela presença do endemismo Galaico-Lusitano, e o Tojo gatenho Ulex micranthus. Nas zonas mais húmidas e onde os solos atingem profundidades suficientes, aparece o tipo a associação Cirsio filipenduli-Ericetum ciliaris Br-BI, dominada pelo Tojo molar Ulex minoris e a Lameirinha Erica ciliaris.

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