domingo, abril 03, 2005

rio leça (6)

Leça Humano

Desde tempos imemoriais o Homem ocupou as margens do Rio Leça, iniciando uma relação de simbiose que perdura até aos nossos dias. Os vestígios de ocupação pré-histórica da planície de Redundo, os vestígios castreiros do Monte Padrão, são um registo vivo do que resta das comunidades que ocuparam estas terras antes do início da nacionalidade. No castro de Monte Padrão a ocupação prolonga-se até à Idade Média, sinal de vitalidade da comunidade local. Junto ao rio são ainda hoje visíveis os sinais da sua utilização pelo Homem. Estruturas de carácter pré-industrial, moinhos, serras hidráulicas e pisões, povoam o percurso do rio Leça. Na documentação, outras informações nos chegam, da veneração ao rio e da sua utilização, como por exemplo, a construção do Rego dos Frades, canal de água construído durante a Idade Médio pelos monges beneditinos para trazer água do rio Leça para as terras do mosteiro, conduzindo-as até ao rio Ave, junto ao antigo mosteiro beneditino de Santo Tirso.

O recurso ai rio para fins agrícolas ainda hoje se mantém, desviando as populações a sua água para regar as vinhas e os campos de milho que actualmente povoam as margens deste curso de água. As inúmeras pontes que cruzam o Leça são um sinal dos tempos, o isolamento de antanho cede lugar a uma maior convivência entre as comunidades. Ao estreitar-se estes laços não se pode esquecer que foi o rio o primeiro elo de ligação, entre cada uma destas comunidades e todas as outras que povoam a região do alto Leça.

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