domingo, abril 03, 2005

rio leça (5)

Leça Património e História

O rio enquanto corre é água e vida, mas o tempo que por ele passa, transforma-o. O Homem transforma-o, recorrendo às suas águas para colher alimento, para se dessedentar. Com os tempos ergue estruturas para aproveitar a força das suas águas, o vigor constante que faz funcionar os engenhos que constrói nas suas margens.

Mas é também esta oportunidade de vida, que desde os primeiros tempos de ocupação humana nas margens do rio Leça, permitiram ao homem subsistir e prosperar. Os vestígios da ocupação são inúmeros, a memória que subsiste permite-nos recordar as mamoas de Redundo, monumentos funerários megalíticos, localizados junto à nascente do rio. Vestígio da civilização megalítica, recordam-nos que este território é ocupado desde o terceiro milénio antes de Cristo.

Outros vestígios concorrem para tecer a memória da região. A ocupação castreja, que remonta à Idade do Bronze, permanece no castro do Monte Padrão até à Idade Média. Sinal de vitalidade do comércio e da coesão social da comunidade local. A administração monástica das terras do Monte Córdova, repartidos entre os beneditins de Santo Tirso e os beneditinos de Celanova, dá-nos a conhecer como este território foi organizado após a formação de Portugal.

Durante os tempos mais recentes vários solares se ergueram nas terras próximas do Leça, nos vales por onde este corre, as quais foram pertença do rei, dos nobres e do clero local.

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